Mosaicos de Felix Gaudin fazem cem anos no Rio de Janeiro

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juan de harphe, figura exponencial do séculoXIX
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Félix Gaudin, peintre-verrier et mosaïste

 

Com este título, a Editora francesa Presses Universitaires Blaise-Pascal lançou em 2007 um livro completo sobre a vida e obra de Félix Gaudin(1851-1930), que inclui, entre outras revelações importantíssimas, uma coleção dos projetos (maquetes) que o artista realizou para o prédio da Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, inaugurado em 1908.

Ou seja, a obra está fazendo cem anos, merecia melhor comemoração, não apenas pela beleza do prédio, típico da belle époque, mas também porque o arquiteto que assina o projeto é Adolfo Morales de Los Rios, um nome que tem um enorme significado para a formação da arquitetura no Brasil.

Pois bem, no terceiro andar do prédio da ENBA, Félix Gaudin realizou diversos pavilhões em mosaico, enviados ao Brasil a partir de seu ateliê em Clemont-Ferrand, retratando personagens destacadas na cultura e das artes de seu tempo.

Leonardo da Vinci, artista, sábio, inventor
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Todas essas obras em mosaico de pastilhas vítreas e esmaltes estão ao alcance da visão de qualquer pessoa que transitar pela Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro.
Vale a pena conhecer e admirar: obras que estão completando cem anos, preservadíssimas!

Violet le Duc
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Os desenhos (maquetes) confeccionados para a realização dos mosaicos são de autoria de Raphael Freïda e estão  todos apresentados no livro francês editado no ano passado (2007).

Milizzia eternizado no mosaico de Gaudin
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Félix Gaudin surpreende pela vastidão de sua obra.  Para o Brasil enviou outros trabalhos em mosaico, mas os únicos que restam em estado de conservação são os da Escola Nacional de Belas Artes. Sua arte também chegou à Argentina, para onde realizou os vitrais do Teatro Colón, de Buenos Aires.

Um dos aspectos mais curiosos de sua vida profissional é que, apesar da dedicação ao ofício das artes em suas diversas modalidades,  Félix Gaudin fez carreira na vida militar, tendo inclusive ido para a frente de batalha durante a I Grande Guerra.

Enfim, um artista de uma estatura notável, só comparável ao italiano Gian Domenico Facchina, aquele que revolucionou o mosaico com a criação do método indireto. Facchina também está presente no Brasil, bem próximo das obras de Gaudin. É que seu ateliê enviou para o Teatro Municipal, igualmente na Cinelândia,  uma quantidade enorme de mosaicos para pisos e para os pavilhões da  saída do Salão Assírio, em 1908, quando o prédio foi inaugurado por Pereira Passos, prefeito do Rio.

 

Vitruvius, sem dúvida o maior gênio da arquitetura
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