Mosaicos da Catedral de Porto Alegre
Muito se poderia falar sobre a presença de mosaicos nas igrejas brasileiras. A maior parte
delas recebeu a colaboração de exímios artistas de ascendência italiana que aqui deram o melhor de si para perpetuar imagens
sacras no interior e no exterior de templos, capelas, catedrais e basílicas.
Há muitos exemplos já apresentados e comentados neste espaço, como os da Basílica de Nazaré,
em Belém do Pará, da Igreja dos Capuchinhos no Rio de Janeiro, da Matriz de Serra Negra, em São Paulo,
das igrejas do Carmo em Belo Horizonte, a de Extrema
e a de Salto da Divisa, em Minas Gerais, da Catedral
da Sé, em São Paulo, e especialmente da Basílica
de Nossa Senhora da Aparecida, em Aparecida do Norte, que em 1980 ganhou de presente do Papa João Paulo II, um painel realizado
no “Studio Del Mosaico Vaticano”, uma instituição criada pela Santa Sé no século XVI.
Também vieram da mesma oficina, as obras em tesselas que decoram as imagens externas e
internas da Catedral de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Os mosaicos retratam a Virgem Maria, padroeira da Igreja, tendo a seu lado os mártires
cristãos Roque Gonzalez de Santa Cruz, Afonso Rodrigues e Juan Del Castillo. De outro lado estão São Pedro, que é o padroeiro
do Estado, junto ao Papa Pio IX, e Santa Teresa de Ávila, que era a padroeira de uma fortaleza antiga que existia na fronteira
sul do Rio Grande.
O CRISTO PANTOCRATOR NO TÍMPANO DO TEMPLO |
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Nas áreas laterais, há outras obras representando as cenas da Anunciação e da Crucificação,
havendo também a figura de um Cristo Pantocrator, no tímpano da Catedral.
O templo resulta da prancheta do Arquiteto João Batista Giovenale, que foi professor na
Academia de Belas Artes de São Lucas, em Roma, e membro da Comissão de Arte Sacra do Vaticano.
As obras foram iniciadas em 1920 e a Igreja só ficou pronta em 1986, mas os serviços religiosos
foram prestados de forma ininterrupta a partir de 1929.
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