Um
mosaico de pedras une os países de língua portuguesa em Curitiba
Muitos artigos aqui neste site abordam a questão do mosaico-calçada como uma questão estética de relevância por ser uma arte
pública e funcional, presente em praticamente todos os Estados brasileiros, mas com especial destaque no Rio de Janeiro, onde
o desenho das curvas na Avenida Atlântica, transformaram-se num logotipo internacional de Copacabana.
Pois em Curitiba existe, desde 1994, um grande parque público, o Bosque de Portugal, que é constituído por um “tapete”
de mosaico muito sugestivo, rodeado de oito totens, cada um deles representando os países de expressão portuguesa: Brasil,
Portugal, Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau e Timor Leste.
Trata-se de um memorial no interior de um parque público entranhado no bairro Jardim Social, em Curitiba, aberto 24 horas
por dia. Tem 20 mil metros quadrados de mata atlântica nativa. Foi inaugurado em 19 de março de 1994, quando Rafael Greca
era prefeito da cidade. A festividade de inauguração contou com a presença do então presidente de Portugal, Mário Soares.
O fato curioso é que, por ocasião da festividade, o Timor ainda não integrava a comunidade de nações independentes de língua
portuguesa, mas logo que isso ocorreu, um novo pilar foi construído na praça, completando o espaço.
Ao longo da trilha do bosque o visitante também encontra outros 22 pilares revestidos por azulejos, que é uma vertente artística
característica dos portugueses. Neles foram desenhados versos dos principais poetas da língua portuguesa, de Camões a Gregório
de Matos. Enfim, é um espaço que merece ser visitado por todos os turistas que visitam Curitiba, uma cidade hospitaleira,
limpa e acolhedora.
O mosaico-calçada na entrada do parque é um verdadeiro cartão-postal por abrigar um desenho sofisticado na pedra portuguesa,
esta matéria prima que participa do diálogo de fraternidade entre as nações de língua comum, daqui e d´além mar.
hgougon,
dez.2010
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