Catini encontra o caminho das pedras
Carlos Catini nasceu
em Araguaína, no extremo norte do Tocantins, o que já diz muito sobre o artista e sua obra, especialmente a vertente que se
expressa através da conjunção de pedras, ardósias e até mesmo capim dourado do tipo que se encontra no Jalapão - um espaço
ecológico de características desérticas no coração de seu Estado natal.
Araguaína
é a principal cidade do chamado Bico do Papagaio, uma região ocupada por gente vinda de muitas partes. Não distante dali,
encontra-se o pequeno vilarejo de Xambioá, que vivenciou, nos idos dos anos 70, a implantação de um foco guerrilheiro, dizimado
ferozmente pela ditadura militar brasileira
O trabalho artístico
de Catini esteve ligado, desde muito cedo, à coleta de pedras pelo caminho. Com elas, compõe peças tridimensionais ou as emprega
como suporte para pinturas, especialmente no caso das ardósias, sobre as quais realiza desenhos refinados e sugestivos.
Alguns de seus trabalhos
mais construtivistas exibem castelos e fortificações compostas com pedras, que Catini afirma ser uma espécie de “mosaico
não convencional”.
Impressiona na trajetória
do artista a numerosa lista de locais onde já levou sua obra, tanto em exposições coletivas como individuais, no Brasil e
no exterior.
A lista de exposições
é grande. Em 2006, expôs no Instituto Tocantinense de Artes e participou do XII Circuito Internacional de Arte Brasileira.
Já em 2007 expôs em Begrenz, na Áustria; em Pequim, na China; e em Bangkok na Tailândia; encerrando sua tournée internacional
no Masp, de S. Paulo, em julho daquele ano.
Em 2008, o artista
continuou o périplo artístico no exterior: participou da exposição Mulheres do Tocantins, em seguida exibiu suas peças em
Varsóvia, na Polônia; em Frankfurt, na Alemanha; e em Viena, na Áustria; retornando então a Tocantins, para uma coletiva dos
artistas do Estado.
Ainda no mesmo ano,
Catini apresentou suas obras na décima edição do Festival Internacional da cidade de Goiás; no Museu do Homem Dominicano,
em Santo Domingos; na República Dominicana; no Museu
de Arte de Londrina (PR), no Centro de Memória e Referência de Goiânia; no Centro Loyola de Cultura de Goiânia; e já em 2009
no Mega Artesanal de S. Paulo e no Ambientar, em Goiânia, onde passou a residir.
HGougon, julho 2010
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