Artist Bel Borba has been revolutionizing Bahia’s landscape,
especially its capital, Salvador, with mosaics made with tile shards, which are spread out all over the city. He
is a multiple artist, who also uses other plastic arts, such as painting, sculpture and sceneries. However, he is most known
in Bahia for his mosaics, of various motivations, which revolutionize areas of visual “emptiness”,
such as hillsides, tunnel walls and uncovered public city walls.
Nascido em Salvador
no final de janeiro de 1957, quando a cidade se preparava para a festa de Iemanjá, Bel Borba veio ao mundo para modificar
a paisagem da Bahia, com suas obras de intervenção pública, sobretudo os painéis de mosaicos, que se espalham em encostas,
paredes, túneis, postes e nas retinas dos baianos. Trata-se de uma realidade que vem transformando a capital da Bahia, oferecendo
nova configuração plástica à sua paisagem urbana. Salvador passa por uma espécie de renascimento artístico, graças às intervenções
de Bel Borba, que vieram se somar às de Mário Cravo, Caribé, Juarez Paraíso e outros artistas consagrados da Bahia.
Tendo ingressado na
Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, em 1976, Bel mostrou, desde muito cedo, sua vocação para o emprego
de linguagens simples na interlocução com o público, como o uso de spray no campo da pintura, que pesquisou, empregou e dignificou.
De salão em salão, em 1986, já transpunha as fronteiras nacionais, levando seu talento a Nova York, onde participou da execução
de um mural sobre o Apartheid, na Segunda Avenida.
Mas é na Bahia e com
o uso do mosaico que veio a plasmar sua presença e garantir espaço privilegiado no universo das artes plásticas. Salvador
abriu-lhe as portas de forma generosa e ele ocupou seus espaços como um amante exigente. No Candeal, construiu uma serpente
em aço inoxidável com 85 metros de comprimento, fez também o mosaico que orna a bica do bairro, na Rua 18 de Agosto. Lançou,
em 1997, o Projeto “Novo Grafismo de Rua”, que lhe permitiu realizar uma iguana em mosaico na encosta da Avenida
Juracy Magalhães. Logo depois, cobriu de mosaicos os pontos de ônibus, as árvores, as pedras, os postes e as encostas na Amaralina,
na Boca do Rio, no Contorno, na Avenida Garibaldi, no Rio Vermelho e na Escola Cupertino Lacerda. Em Lauro de Freitas, executou
um painel na Praça Beira Mar e outro na Praça das Artes. Fez ainda um mural tendo músicos como tema, igualmente em mosaico,
para o Festival de Verão de 2000. Também com a mesma linguagem, produziu uma obra-mural para a sede do Centro de Recursos
Ambientais, outra mais para a Cortina de contenção do Largo do Retiro (com mil metros quadrados) e outras tantas para a entrada
dos condomínios Chácaras Suíça, Bosque Itália e Horto Florestal. Em 2001, executou um painel de 400 metros quadrados na lateral
de proteção da ponte sobre o rio Joanes, na Estrada do Coco, em Lauro de Freitas. Realizou, então, uma obra singela, mas que
lhe garantiria novo foco de visibilidade urbana, o painel “Morcegos”, no túnel da Avenida Garibaldi. Em seguida,
fez o painel em mosaico do Hospital Aliança Infantil e ainda outro painel, no Colégio São Paulo, com a participação de crianças.
É interessante notar
que, apesar do caráter grandioso da obra musiva de Bel Borba, toda ela marcada por trabalhos de envergadura – painéis
com até mil metros quadrados, ele inicia-se na arte com trabalhos de pequeno porte: fez mesinhas de bar, que hoje representam
um atrativo a mais em ambientes como o Bar Empório da Cidade Jardim e no Restaurante
Arturo’s, no Rio Vermelho.
Pela trajetória apresentada
até o momento e levando-se em conta que sequer mencionei os demais trabalhos executados em outras linguagens, como pinturas,
azulejos, esculturas, objetos, cenários e outros de produção igualmente fértil, fica evidente o caráter constelar de sua obra,
que impressiona não só pela vastidão como pela qualidade.
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