Clóvis Graciano e a aventura do mosaico nos anos 50
Clóvis Graciano nasceu em 1907 na cidade de Araras, no interior de São Paulo. Fez amizade
com Portinari e ao final da década de 40 foi estudar em Paris, onde aprendeu técnicas de produção de murais, inclusive com
mosaicos. Ao retornar ao país, realizou diversos painéis com o uso de pastilhas de vidrotil, inclusive este, de 1954, na cidade
de Santos, na entrada do mercado do Marapé.
A reprodução foi possível através de foto cedida pela mosaicista Adriana Teixeira de Morais,
jovem santista recém-formada em artes plásticas pela Universidade Santa Cecília. Ao encaminhar a foto, afirmou:
- Foi um grande presente para a minha cidade, que desde criança eu admiro, mas só hoje entendo
seu valor.
O trabalho foi tombado pelo Condephasa no ano de 2000 e restaurado no ano seguinte.
Clóvis Graciano é autor de uma obra importantíssima que muito honra o estado de S. Paulo.
Residiu muitos anos num prédio denominado Aracaju, na capital paulista, onde veio a morar o ex-presidente da Petrobrás,
David Zylberstajn. Este tornou-se síndico no prédio e após a morte de Graciano, ocorrida em 1988, descobriu que o edifício
abrigava obras importantes do mestre, pelo menos dois óleos e um painel em mosaico. Tratou de vender os quadros (para a Bolsa
de Valores de São Paulo, que os preserva em seu patrimônio) e com os recursos providenciou obras de restauração do mosaico
e reparos no prédio.